Todos os anos, o mês de setembro ganha um tom especial com a campanha do Setembro Amarelo, uma iniciativa que busca conscientizar a população sobre a importância da saúde mental e a prevenção ao suicídio. Com o lema “Falar é a melhor solução”, o movimento incentiva o diálogo aberto e a empatia para ajudar aqueles que enfrentam momentos difíceis. No entanto, a conexão entre beleza e saúde mental muitas vezes é subestimada, apesar de ser profundamente interligada.
Embora o autocuidado possa desempenhar um papel significativo na promoção da saúde, é crucial lembrar que conversar sobre os próprios sentimentos é fundamental. Setembro Amarelo é um convite para todos nós sermos mais abertos e solidários com aqueles que nos cercam.
Entenda como combinar a conscientização com práticas de beleza e saúde mental, para contribuir com uma vida mais saudável e equilibrada.
Setembro Amarelo: sua relação com a beleza e saúde mental
O Setembro Amarelo é um movimento de conscientização sobre a prevenção ao suicídio, que busca sensibilizar a sociedade para a importância da saúde mental e a necessidade de falar abertamente sobre o tema. A campanha, idealizada em 2014 pelo Centro de Valorização da Vida (CVV) e outras entidades, teve sua primeira edição em 2015 e, desde então, vem crescendo em abrangência e impacto.
Em outras palavras, a escolha do amarelo para representar essa campanha não é aleatória. A cor é uma referência direta ao Dia Mundial de Prevenção do Suicídio, celebrado em 10 de setembro. Mais do que um símbolo, o amarelo representa luz, esperança e a necessidade de iluminar a discussão sobre um tema que ainda é cercado de estigmas e preconceitos.
Desde o seu início, o movimento tem como objetivo principal a quebra de tabus e a criação de espaços seguros para que as pessoas possam falar abertamente sobre suicídio, um dos maiores desafios de saúde pública do mundo.
Beleza e saúde mental caminham juntas
Em meio ao Setembro Amarelo, é essencial refletir sobre a profunda relação entre beleza e saúde mental. Em uma era dominada por redes sociais, onde a pressão por alcançar padrões estéticos parece inevitável, manter a autoestima intacta pode ser um desafio constante. Mas a chave para equilibrar a busca pela beleza e o bem-estar mental reside na aceitação da individualidade e na valorização da própria aparência.
Vivemos em um mundo onde a comparação se tornou rotina, e muitas vezes, ao deslizar pelos feeds do Instagram, nos deparamos com corpos e rostos que se encaixam em um padrão idealizado de beleza. No entanto, o primeiro passo para unir beleza e saúde mental é deixar de lado esses padrões e focar na aparência natural que cada um possui.
Contrariando o que pode parecer uma mensagem convencional de clínicas estéticas, o belo está em reconhecer e aceitar as características que tornam cada pessoa única. Cuidar de si mesmo deve ser uma escolha autêntica, e não uma imposição. A busca por uma melhor versão de si mesmo não deve ser movida pela necessidade de se enquadrar em padrões externos, mas sim pelo desejo genuíno de se sentir bem consigo mesmo.
É claro que ninguém precisa amar 100% de sua aparência o tempo todo. Todos tem algo que incomoda – sejam olheiras, papada, estrias ou celulite. Algumas pessoas encontram felicidade em suas características naturais, enquanto outras optam por buscar soluções estéticas para aquilo que as incomoda. E tudo bem! O importante é que essa busca seja feita de forma saudável, sem a pressão de se conformar a padrões impostos.
O perigo da baixa autoestima
Embora a baixa autoestima não seja, por si só, um transtorno mental, ela pode ser o gatilho para diversas condições que afetam negativamente a relação da pessoa com a beleza e saúde mental, como depressão, ansiedade, distúrbios alimentares, entre outros.
A crítica constante e o pensamento negativo tornam-se hábitos que alimentam um ciclo vicioso de autodepreciação. Com o tempo, esse padrão de pensamento pode nos levar a sentir um vazio interior, uma sensação de falta que não conseguimos identificar ou preencher.
Esse estado emocional pode desencadear uma série de sintomas físicos e psicológicos, como fadiga crônica, estresse, palpitações, dores musculares e enxaquecas. Essas manifestações são conhecidas como doenças psicossomáticas, onde o corpo reflete as dores da mente. Ignorar esses sinais pode levar ao agravamento das condições, tornando a recuperação mais difícil e demorada.
Práticas de autocuidado para a beleza e saúde mental
Incorporar práticas de autocuidado à rotina pode ser um aliado importante na beleza e saúde mental. Aqui estão algumas sugestões:
1- Rituais matinais:
Comece o dia com um momento de cuidado consigo mesmo, como lavar o rosto com calma, aplicar um creme que você gosta ou fazer uma maquiagem leve, pode estabelecer um tom positivo para o dia.
2- Pausa para relaxamento:
Ao longo do dia, tire alguns minutos para se desconectar e fazer algo que te traga prazer, como aplicar um óleo essencial ou fazer uma automassagem facial.
3- Hora de dormir:
Estabeleça uma rotina noturna que inclua cuidados com a pele ou banho relaxante pode ajudar a sinalizar ao corpo que é hora de descansar.
4- Atenção plena:
Incorpore momentos de mindfulness durante a aplicação de produtos de beleza, focado nas sensações e no momento presente.
Falar é importante!
Embora o autocuidado e beleza possam desempenhar um papel significativo na promoção da saúde mental, é crucial lembrar que conversar sobre os próprios sentimentos é fundamental. Setembro Amarelo é um convite para todos nós sermos mais abertos e solidários com aqueles que nos cercam. Ao combinar a conscientização com práticas de beleza e saúde mental, podemos contribuir para uma vida mais saudável e equilibrada.
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Neste mês, e em todos os outros, que possamos lembrar da importância de cuidar da nossa mente tanto quanto cuidamos do nosso corpo. Afinal, beleza e saúde mental caminham juntas.
